Um grupo de bandidos que se faziam transportar numa viatura com cartazes de propaganda de um dos partidos políticos candidatos às eleições de 28 de Outubro próximo assaltou, na manhã de segunda-feira, um estabelecimento comercial da cidade da Matola, província de Maputo, Sul de Moçambique.
A Policia não revelou o nome do tal partido, mas disse que os cartazes do mesmo estavam colados na viatura usada pelos criminosos durante o acto criminal. “Está fora de hipótese serem pessoas que receberam instruções da liderança do partido para perpetrarem esse acto”, esclareceu o porta-voz do Comando-geral da Policia moçambicana (PRM), Pedro Cossa, falando terça-feira, em Maputo, durante o encontro com a imprensa para o balanço semanal da situação criminal no país.
Segundo narrou a fonte, os três indivíduos envolvidos nesse caso terão assaltado um estabelecimento comercial pertencente a um cidadão estrangeiro, onde roubaram dois aparelhos telemóveis e cinco mil Meticais (perto de 190 dólares). Depois disso, eles dispararam um tiro para o ar, usando a sua própria arma de fogo do tipo pistola. A Policia, que na altura encontrava-se perto do local do crime, encetou uma perseguição aos bandidos, tendo conseguido os neutralizar.
O processo destes bandidos está a seguir os seus trâmites legais. Face a esta táctica de crime, a PRM apela aos partidos políticos para se certificarem das pessoas que integram as suas caravanas de campanha, para estas não serem de capa para os criminosos. Ainda na segunda-feira, a Policia ao nível da província central da Zambézia registou o caso de um cidadão que terá encontrado uma nota de 500 Meticais falsa entre um dinheiro por ele levantado numa caixa automática (ATM) pertencente a uma das instituições bancárias do país.
A PRM suspeita que esta nota pode ter sido depositada por algum cliente do referido banco, apelando por isso aos trabalhadores dos bancos para observarem atentamente o dinheiro depositado nos seus estabelecimentos. Fazendo o balanço da situação criminal no país durante a semana passada, Cossa disse que a corporação registou 261 casos criminais, contra 227 do igual período anterior. Um desses casos é de um indivíduo do distrito de Caia, província central de Sofala, que detonou um obus convencido que iria retirar, do seu interior, ouro ou urânio. O obus explodiu e o feriu gravemente.