Tranquilidade e alguns focos de violência marcaram ontem o primeiro dia da campanha eleitoral com vista às eleições presidenciais, legislativas e para as assembleias provinciais, cuja votação acontecerá a 28 de Outubro em todo o território nacional.
De diversos pontos do país há informações que a campanha eleitoral arrancou a meio-gás, por parte dos partidos da oposição, mas dentro da ordem, civismo, tranquilidade e clima de tolerância. Caravanas de alguns partidos, com destaque para a Frelimo, Renamo, MDM e PDD iniciaram a sua actividade pouco depois da meia-noite de ontem.
Os grupos ostentavam, por um lado, as fotografias dos três candidatos à Ponta Vermelha e, por outro, os símbolos dos 17 partidos e duas coligações que disputam os 250 assentos da Assembleia da República e mais de 700 das assembleias provinciais. Há registo na província de Gaza, mais concretamente em Chókwè, da destruição da sede do MDM, alegadamente por simpatizantes da Frelimo, que para além de material de campanha destruído deixou 3 feridos ligeiros.
Na cidade de Maputo simpatizantes da Frelimo arrancaram panfletos da Renamo e do seu candidato, para afixar os do partido Frelimo e do seu candidato, Armando Guebuza. Este incidente teve lugar por volta de uma hora de madrugada deste domingo, na sede do partido Renamo a nível da cidade de Maputo.
Na cidade de Nampula informações dão conta que a polícia disparou tiros para o ar para refrear os ânimos de simpatizantes da Renamo.
Concorrem para a eleição presidencial o actual inquilino da Ponta Vermelha, Armando Guebuza, que, com a bandeira da Frelimo, persegue o seu segundo e último mandato; o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, que entra para esta corrida pela quarta vez consecutiva e Daviz Simango, presidente do recém-criado MDM que o faz pela primeira vez.
Armando Guebuza iniciou a sua campanha na cidade de Quelimane, província da Zambézia, onde orientou um concorrido “showmício” e Daviz Simango que arrancou com a sua “caça ao voto” na vila-sede do distrito de Chiúre, em Cabo Delgado, onde também orientou um comício popular no qual participou uma significativa moldura humana.
Dados disponíveis indicam que Afonso Dhlakama, da Renamo, deveria ter arrancado com as suas iniciativas de campanha na cidade de Nampula, província do mesmo nome. Contudo, até ontem este dirigente partidário encontrava-se na capital do país, donde se espera que parta para a terceira maior cidade nacional entre amanhã.