Os preços do petróleo superaram esta terça-feira a barreira dos 70 dólares em Nova York e se aproximaram deste valor em Londres, diante da queda do dólar, que beneficia as matérias primas. Na véspera da reunião da OPEP, o barril do West Texas Intermediate (“light sweet crude”) para entrega em outubro fechou a 71,10 dólares, em alta de 3,08 dólares em relação ao fechamento de sexta-feira, no New York Mercantile Exchange (Nymex).
No InterContinentalExchange de Londres, o barril do Brent do Mar do Norte com o mesmo vencimento ganhou 2,89 dólares, a 69,42, em relação ao fechamento de segunda-feira. A volta do final de semana prolongado foi marcada por um salto nos preços, que seguiam estáveis nas três últimas sessões. “O dólar foi o fator fundamental”, explicou Bart Melek, da BMO Capital Market.
Com o euro a 1,45 dólar, a moeda americana atinge seu nível mais baixo desde dezembro passado. “Um dólar fraco transmite a ideia de que o petróleo pode servir de refúgio” contra a depreciação da moeda, destacou Melek. Os preços das matérias primas dispararam, como mostra a cotação do ouro, que superou os mil dólares em Nova York e Londres pela primeira vez em seis meses. “Enquanto houver um progresso das estatísticas econômicas, combinado a um dólar fraco, os preços subirão”, destacou Andy Lipow, da Lipow Oil Associates.
Os investidores se inclinaram hoje sobre o otimismo em relação à recuperação econômica, após bons resultados na Alemanha e uma reunião dos responsáveis de Finanças do G-20 em Londres neste final de semana. Os investidores se preparam para a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo nesta quarta-feira, em Viena, que deverá manter as atuais cotas de produção.
O ministro do Petróleo saudita, Ali al-Nuaimi, declarou na terça-feira que o mercado está “muito estável e com boa saúde”, e que os preços atuais são “bons para todo mundo”.