O governo, atraves do pelouro dos Transportes e Comunicações, afirma que vai, em breve estudar formas com vista a disciplinar a circulação de camiões de altas tonelagens provenientes do vizinho Malawi, alegadamente por serem considerados os principais protagonistas da dregadação das vias de acesso entre aquele país do “interland” a Moçambique.
De acordo com dados colhidos pelo nosso jornal, o troço mais sacrificado é o que liga o distrito Cuamba à cidade de Nampula, que é terraplanado, onde se têm registado enormes “filas indianas” de camiões provenientes do Malawi, sobretudo dos principais utentes do porto de Nacala, no processo de movimentação de cargas. Por outro lado, a situação em causa tem sido agravada com o transporte de carga acima das próprias capacidades dos camiões, e do deficente controlo por parte das autoridades moçambicanas. Segundo as nossas fontes, os visados circulam, muitas vezes à noite, como forma de se esquivarem de eventuais penalizações.
Taíbo Issufo, director Nacional Adunto de Transportes e de Superfície no Ministério dos Transportes e Comunicações, diz que a situação agravavou-se com a instalação de uma fábrica de cimento no Malwi, que depende do clinker exportado a partir da cidade portuária de Nacala.
O nosso entrevistado referiu igualmente que uma das soluções que será avançada ao governo malawiano consistirána na utilização dos transportes ferroviários, que dispõem de capacidade ideal para o efeito. A nossa intenção não é de interditar a circulação de camiões malawianos ou zambianos no território moçambicano. O que se pretende, efectivamente, é a observância do regulamento dos transportes em automóveis.
Por outro lado, o nosso interlocutor frisou que o seu sector em coordenação com a Polícia de Trânsito e o Instituto Nacional de Viação, serão introduzidas fiscalizações nocturnas, sobretudo no troço entre Nampula-Cuamba, com vista a impor uma disciplina mais rigorosa à circulação de veículos automóveis.