As autoridades moçambicanas da Saúde confirmaram esta ultima quarta-feira, em Maputo, um segundo caso de infecção pelo vírus da Gripe A, de um total de 26 suspeitos já notificados. Trata-se de uma idosa de 55 anos de idade que, a semelhança do primeiro caso também notificado neste mês de Agosto numa mulher de 46 anos, terá recentemente se deslocado a vizinha África do Sul.
“As duas pessoas têm histórias de deslocação para a vizinha África do Sul. Confirmado segundo caso da gripe A Elas (ambas residentes em Maputo) têm viajado frequentemente para a África do Sul”, disse hoje à imprensa, em Maputo, o Porta-Voz do Ministério da Saúde (MISAU), Leonardo Chavane. Segundo ele, essas pessoas estão agora melhor e nem sequer foram internadas no hospital.
Do total de 26 casos suspeitos, notificados até agora, 21 foram analisados, dos quais dois acusaram positivos. Os outros estão ainda em análise. Dentre todos estes casos suspeitos encontram-se dois médicos estomatologistas do Hospital Central de Maputo (HCM), a maior unidade sanitária do país. As autoridades moçambicanas da Saúde consideram não haver motivos de pânico por causa da Gripe A, desde que as pessoas sigam rigorosamente as medidas de prevenção.
Aliás, Chavane disse que, em alguns casos, a gripe A pode até passar sem o doente ter tomado qualquer medicação. “A primeira recomendação é de que quando a pessoa tem alguma gripe suspeita, ou mesmo dificuldades de respiração, deve descansar, beber muita água, evitar contacto com as outras pessoas, bem como evitar tossir e conversar frontalmente, enquanto procura uma unidade sanitária para receber tratamento”, disse Chavane. As amostras de pessoas suspeitas são enviadas para o Laboratório Nacional de Imunologia do HCM para análises.
Por sua vez, este laboratório envia as amostras para a vizinha África do Sul para a confirmação dos resultados A fonte disse que, praticamente, os hospitais moçambicanos ainda não utilizaram as cerca de 30 mil unidades do medicamento contra a Gripe A, fornecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A fonte disse que hoje a estratégia contra a Gripe A não é fazer vigilância nas fronteiras e perguntar as pessoas de onde elas vem, mas sim concentrar os esforços nas campanhas de sensibilização das comunidades sobre esta doença, bem como nas unidades sanitárias para se garantir o tratamento.