A mudança na decisão de deixar de fora do Mundial de Berlim-2009 seis atletas jamaicanos, entre eles o velocista Asafa Powell e duas campeãs olímpicas, causou “estrago”, indicou nesta quinta-feira o presidente da Federação caribenha (JAAA), Howard Aris. “O estrago já está feito”, afirmou Aris em uma entrevista coletiva à imprensa. “
Seria desonesto fingir que não houve danos”, afirmou. “Temos regras internas, que foram violadas. Decidimos por uma punição, mas depois voltamos atrás porque o Mundial não deve ser o lugar para impô-las”, acrescentou Aris. “Esperamos que os atletas esqueçam isso, ou que considerem um fator de motivação extra”, ressaltou o presidente da JAAA.
A federação jamaicana retirou na quarta-feira da lista de inscritos Powell, ex-detentor do recorde mundial dos 100 m, e outros cinco compatriotas, entre eles Shelly-Ann Fraser e Melaine Walker, campeãs olímpicas dos 100 m e dos 400 m com obstáculos, como punição por não terem se juntado à equipe nacional a tempo. Mas, após a intervenção da IAAF como mediadora, a federação jamaicana reverteu sua decisão e anulou essa ‘lista negra’.
De qualquer forma, o dirigente jamaicano explicou que um processo disciplinar interno ainda está em curso contra os atletas em questão, sem indicar a que tipo de penas podem ser submetidos. O Mundial de Berlim é disputado de 15 a 23 de agosto, com as atenções voltadas mais que nunca para os atletas da Jamaica.