Um grupo de professores de Bilene, província de Gaza, Sul de Moçambique, denunciou a ocorrência de casos de uso indevido do dinheiro do erário público por parte de alguns dirigentes do sector da educação naquele ponto do país.
O grupo de professores apresentou essa e outras queixas durante um encontro que manteve na última Quarta-feira com o governador da província de Gaza, Raimundo Diomba, no âmbito da sua visita de trabalho de três dias ao distrito de Bilene. Os denunciantes alegam a existência de funcionários do sector da educação que recebem dinheiro de ajudas de custos referente a deslocações que nunca sequer realizaram.
“Queremos que o Governo tome este assunto a peito, porque não podemos continuar com situações desta natureza em que alguns chefes na Educação e Cultura recebem ajudas de custos sem sequer sair dos gabinetes, para além de outros desmandos por eles cometidos”, disse um dos docentes, acrescentando que “há que se parar com este saque ao erário público”.
Outra queixa apresentada pelos professores tem a ver com a falta ou atraso dos processos de nomeações, progressões e promoções nas suas carreiras, injustiças que alguns deles têm vindo a sofrer há 10 anos. “Esperamos que o Executivo pare com anomalias de continuarmos sem progressões nas carreiras, assim como a falta de nomeações”, sentenciou o professor.
Reagindo a essas denúncias, Diomba prometeu procurar resolver as inquietações a breve trecho, particularmente aquelas que afectam o pessoal da Educação e Cultura. Mas esses problemas são vividos praticamente pelos professores de diversos pontos do país.
Aliás, o próprio governador de Gaza disse que diversos outros professores reportaram situações do género nos vários locais onde ele visitou no âmbito do seu trabalho. “Tentamos buscar dentre vós, colegas que possam trabalhar na área dos Recursos Humanos convictos que estes teriam uma maior sensibilidade sobre esta problemática, mas, infelizmente, estamos a ver que esta ainda não é a melhor saída para a questão”, lamentou o governante.
Ele acrescentou ainda que “garantimos que este é um assunto que preocupa o governo provincial e tudo faremos para encontrar as melhores soluções”, prometeu Diomba, sem contudo indicar os métodos a utilizar futuramente para reparar o problema.