O presidente da Nigéria, Umaru Yar Adua, anunciou esta terça-feira que ordenou a abertura de uma investigação sobre os confrontos armados que na semana passada deixaram centenas de mortos no norte do país e as circunstâncias em que morreu o chefe de uma seita islamita rebelde.
Semana passada, no norte da Nigéria, membros da seita islâmica Boko Haram pediram aos talibãs do Afeganistão que se rebelassem contra as forças de ordem em quatro estados (Bauchi, Kano, Yobe e Borno). As rebeliões rapidamente se concentraram em Maiduguri, berço destes fundamentalistas, onde o exército massacrou a resistência atirando com obuses de morteiro sobre suas posições.
Quase 780 corpos foram recolhidos nas ruas de Maiduguri, segundo informou Mohamed Zanna Barma, secretário da Cruz Vermelha nigeriana no estado de Borno, capital Maiduguri.
Entre as vítimas do conflito, está o líder do movimento radical islâmico da Nigéria inspirado nos talibãs, que morreu no dia 30 pouco depois de ter sido detido. Segundo algumas testemunhas, o líder radical teria sido assassinado.