Uma criança do sexo masculino, de quatro anos de idade, escapou de um presumível rapto que seria protagonizado por cinco indivíduos ora a contas com a Polícia da República de Moçambique (PRM), no distrito de Milange, na província da Zambézia.
O caso aconteceu na localidade de Chitambo, naquele distrito que faz fronteira com Malawi, onde supostamente o menor seria vendido. Segundo as autoridades policiais, um dos cinco acusados, por sinal vizinho da família da vítima, aproximou-se do miúdo e cortou parte do seu cabelo na ausência da mãe.
Os iniciados não admitem o seu envolvimento no crime. Contudo, os agentes da Lei e Ordem acreditam que o cabelo encontrado na residência de um dos cinco acusados é prova inequívoca de que o miúdo estava prestes a ser sequestrado para venda.
Aliás, a PRM disse ainda que um dos integrantes do grupo deslocou-se a Malawi com o cabelo extraído do petiz para se encontrar com um pretenso comprador.
Em Setembro do ano passado, o Governo moçambicano criou uma equipa multisectorial para encontrar medidas de protecção de pessoas com albinismo, que têm vindo a ser alvos de perseguição para fins ainda não apurados. O grupo, liderado pelo Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, ainda não tornou público o trabalho que tem vindo a realizar.
Entretanto, os albinos e outros segmentos da sociedade desdobram-se em campanhas de repúdio ao mal a que nos referimos, mas os malfeitores não se comovem, e parecem não se deixar intimidar com as condenações que têm sido feitas, de pessoas acusadas de práticas similares.
Por sua vez, a Procuradoria-Geral da República (PGR) disse, há dias, no Parlamento, que pelo menos 13 albinos foram mortos, em 2015. Os mandantes destas atrocidades continuam ao fresco e em parte supostamente desconhecida.