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SELO: As falhas seculares no sistema educativo moçambicano – Por Alberto Saué

Os que não sabem o que procuram passam grande parte do tempo a fazer tentativas que, muitas vezes, resultam em falhas desastrosas. Desastres estes que, além de afectarem a si mesmo, arrasam a vida de milhares de pessoas na situação de desespero.

Outras pessoas adoptam medidas que segundo eles visam melhorar o PEA. O que não sabem é que a qualidade do PEA resulta da fusão de esforços de diversas ordens,   viradas para a criação de incentivos que mantém constante o interesse dos alunos pelas aulas, pelo ambiente escolar, bem como pela gestão e alocação de recursos humanos, financeiros e materiais eficazes.

As mudanças introduzidas no campo educacional moçambicano (ensino primário e secundário) arrastam consigo diversas consequências que impactam negativamente na qualidade de ensino e fomenta a corrupção e/ou burla dentro das instituições de ensino. Tal corrupção é gerada pelo próprio sistema de ensino que, ao restringir o número de disciplinas que um aluno deve levar à segunda fase dos exames, incentiva as dispensas.

Este procedimento tem, muitas vezes, a sua origem nos subornos aos professores,   que no lugar de manterem-se incorruptíveis submetem-se aos encantos tentadores do metical com o intuito de alavancar o salário que nunca basta.

Do outro ponto de vista, esta decisão feri parte dos que não poderão, sob determinada situação de ordem natural, comparecer à sala de exame na primeira chamada, mas que poderia,   se tivesse a oportunidade de ser examinado na segunda chamada, passar de classe por mérito e, consequentemente, ingressar no ensino superior.

Ainda que pareça que não está doendo, dói e muito.   Não em mim, mas em todos que esperavam do Governo a adopção duma boa estratégia que pode beneficiar os alunos que, por motivos diversos ou mesmo por falta conhecimento necessário em determinadas áreas do conhecimento, não consigam passar a todas disciplinas (caso do nível médio).

Estas e outras realidades permitem-nos concluir que se está perante decisões que usam princípios de incerteza e superestimação como fontes únicas para o delineamento do PEES.

Por Alberto Saué

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