Alton Sterling, um cidadão negro de 37 anos e que estava desarmado, foi morto a tiros numa luta com dois polícias brancos na cidade de Baton Rouge, na Louisiana, no sul dos Estado Unidos da América.
A discussão entre os agentes e Sterling foi gravada e gerou distúrbios. A autópsia mostra que ele recebeu vários tiros no peito e nas costas, mas ainda se sabe qual dos dois polícias disparou, segundo o comunicado do Departamento de Polícia de Baton Rouge.
O facto aconteceu à 00h35 locais, quando dois polícias chegaram ao local após o chamado de um morador que disse que um homem negro com camisa vermelha, que vendia CDs do lado de fora de uma loja de conveniência, tinha começado a gritar ameaças enquanto segurava uma pistola.
Os agentes chegaram ao estacionamento da loja onde o homem estava, uma discussão aconteceu e Sterling recebeu vários disparos, explicou a Polícia no seu comunicado, na qual ressaltou que a investigação está aberta.
A acção foi gravada por um celular e as imagens foram divulgadas nas redes sociais e na imprensa. O vídeo mostra dois agentes brancos empurrando Sterling no chão. Depois de imobilizar o homem, um dos policiais saca o que parece ser uma pistola, a coloca no pescoço do vendedor e os tiros são ouvidos, enquanto a câmara se afasta da cena.
Na sequência, que dura 45 segundos, antes de a câmara se movimentar, uma voz grita: “Tem uma arma, uma arma!”.
Horas depois, cerca de 200 pessoas foram ao local do crime e algumas delas fecharam o trânsito. Os manifestantes carregavam cartazes e outras gritavam frases como “Sem justiça, não há paz” e “As vidas dos negros importam”.
As mortes de cidadãos negros cometidas por polícias brancos provocou o surgimento de um novo movimento civil nos Estados Unidos da América, chamado “Black lives matter” (As vidas negras importam), que reivindica o fim da violência racista da Polícia.