Depois de conseguir recuperar de uma desvantagem de 2 jogos a 0 o Costa de Sol, que na sexta-feira empatou a final feminina do Campeonato de basquetebol da cidade de Maputo no 4º jogo, manteve a decisão em aberto até aos últimos 53 segundos do 5º jogo mas uma das novas estrelas das quadras nacionais, Ingvild Mucauro, garantiu o tri para o Ferroviário.
Com a sua treinadora e jogadora fundamental sentada no banco as “canarinhas” viram Dulce Mabjaia abrir o placar e o Ferroviário chegar aos 0 a 6. Deolinda Ngulela despiu o fato treino e entrou para a quadra mas a sua equipa continuava com a pontaria desafinada e muito precipitada.
Acabou por ser outra das veteranas do Costa do Sol, Deolinda Gimo, a marcar os primeiros pontos da linha de lançamentos livres, mas a resposta das “locomotivas” veio com uma “bomba” de Dulce. As “canarinhas” converteram os dois ataques seguintes enquanto as suas adversárias não conseguiram encestar mais e dois pontos de Dulce, da linha lançamentos livres, garantiu a vantagem de 5 a 11 pontos no término do 1º período.
Duas “bombas” da treinador e jogadora, a abrir o 2º período, empataram a final a 8 pontos. Ambas equipas defendiam melhor do que atacavam, o jogo estava frenético mas o marcador mexia pouco, as “locomotivas” voltaram a adiantar-se mas Iliana Ventura fez a reviravolta com uma “bomba”.
Vilma Covane empatou novamente o jogo e Ingvild deu nova vantagem ao Ferroviário. Um “bomba” de Dulce alargou um pouco a vantagem mas Cátia Halar reduziu e Elizabeth Pereira com um triplo repôs a igualdade a 21 pontos.
Depois do intervalo as “canarinhas” voltaram a liderança, com dois cestos de Deolinda Ngulela da linha de lances livres, mas Ingvild encestou dois, empatou e ganhou mais um lance livre que não desperdiçou fazendo nova cambalhota no marcador.
Sucederam-se ataques desperdiçados em ambos cestos até que Cecília Henriques encestou para as “locomotivas” e Rute Muianga alargou para cinco pontos a vantagem. O Costa do Sol pediu desconto de tempo para tentar reorganizar-se mas as suas jogadoras continuam muito perdulárias no ataque e nem mais uma “bomba” de Iliana evitou a derrota no final do 3º período por 29 a 35 pontos.
Cátia Halar reduziu da linha de lances livres mas Rute Muianga manteve a vantagem do Ferroviário. Novamente da linha de lançamentos livres Filomena Micato reduziu para o Costa do Sol, Deolinda Gimo encestou mais dois Filomena empatou mais uma vez a final, agora a 37 pontos e com 6 minutos e 21 segundos para jogar.
Ingvild Mucauro vence Deolinda Ngulela
Vilma voltou a colocar o Ferroviário na frente mas Filomena empatou mais uma vez. Vilma voltou a desfazer a igualdade.
Depois os cestos não caíram nos quatros ataques seguintes, para as duas formações, e Elizabeth reduziu a desvantagem “canarinha” para um ponto, quando haviam por jogar 2 minutos e 49 segundos.
O ataque seguinte não entrou em nenhuma das tabelas mas com uma boa penetração Cecília encestou dois para as “locomotivas” prontamente respondidos por Deolinda Gimo com outros dois pontos.
Na linha de lançamento livres Ingvild somou mais um ponto, falhou o outro, e na outra tabela Iliana converteu os seus dois lances livres empatando outra vez a partida, a 44 pontos com 53 segundos para jogar.
O Costa do Sol pediu desconto e na reposição as “locomotivas” desperdiçaram o ataque com uma falta ofensiva. As canarinhas vieram para o ataque mas a defesa do Ferroviário fechou os caminhos para lançar e Ingvild Mucauro interceptou a bola e saiu a todo o vapor em direcção à tabela contrária.
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Com os seus 35 anos de idade Deolinda Ngulela preferiu sacrificar-se fazendo falta, era a sua quinta teve que ir para o banco de onde viu a jovem de 23 anos não falhar os dois lançamentos livres e sentenciar o tri-campeonato da cidade de Maputo para o Ferroviário, que ainda teve uma reposição de bola mas já não foi preciso converter.