Num acto que sem dúvidas se equipara ao desequilibro mental e reclama a intervenção de um psicólogo, um jovem de 32 anos de idade, que responde pelo nome de Marcelino António Naite, encontra-se detido na 2ª esquadra da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Chimoio, na província de Manica, acusado de decepar a cabeça de um cidadão cuja identidade não foi revelada, depois de asfixiá-lo, na madrugada de sábado (16) passado, no mercado Francisco Manyanga.
O homicida, natural do Búzi, em Sofala, confessou o crime e disse que pretendia vender a cabeça da vítima para enriquecer. A ideia foi supostamente orquestrada pela sua irmã, cuja identidade não revelou e que se encontra em parte incerta.
“Apertei os colarinhos da vítima, simultaneamente com o pescoço. Depois de perder a respiração, estendi-o e já em terra, peguei na faca e cortei a cabeça. Arrastei o corpo para a lixeira mais próxima do local do incidente. Quando tentava colocar a cabeça na pasta, fui surpreendido com a chegada da polícia”, contou Marcelino Naite ao matutino Notícias.
Segundo ele, é pela primeira vez que se envolve neste tipo de crime e a sua irmã garantiu-lhe que caso trouxesse uma cabeça humana dar-lhe-ia um valor não revelado depois da sua venda algures, de acordo com o jornal a que nos referimos.
A PRM em Manica confirmou, por intermédio da sua porta-voz, Elsídia Filipe, que o jovem foi interpelado – graças à denúncia de populares de um corpo sem vida e sem cabeça e que se encontrava estatelado numa lixeira – quando estava a colocar a cabeça numa pasta de viagem, na véspera de apanhar um táxi que havia alugado e que o aguardava a escassos metros do local do crime.
O corpo e a cabeça da vítima foram depositados na morgue do Hospital Provincial de Chimoio (HPC) e ainda não foram reclamados pelos familiares. O confesso vai à barra da Justiça responder pelos seus actos e o processo para o efeito já está a seguir os seus tramites, disse Elsídia àquele jornal.