Uma explosão matou 24 pessoas e deixou 70 feridos neste domingo em Parachinar, noroeste do Paquistão, disseram autoridades, e um grupo islâmico sunita reivindicou responsabilidade pelo ataque.
“Esta é uma vingança pela morte de muçulmanos causadas pelo presidente sírio e pelo Irão”, disse Ali bin Sufyan, porta-voz do grupo islâmico Lashkar-e-Jhangvi (LeJ), cuja ideologia sectária está alinhada à do Estado Islâmico. Ele falou à Reuters por telefone.
Mais cedo nesta semana a Reuters informou que uma unidade xiita de insurgentes paquistaneses conhecida como Zeinabiyoun estava entrando na guerra contra o Estado Islâmico na Síria. Muitos vêm de Parachinar, que têm uma grande população xiita, inusual no Paquistão, maioritariamente sunita.
Fontes regionais disseram que há centenas de paquistaneses lutando na Síria. Sufyan disse que os moradores de Parachinar não devem viajar ao Irã ou à Síria para lutar na guerra ao lado dos xiitas.
A ligação explícita entre os ataques no Paquistão e a guerra na Síria deverá alarmar as autoridades paquistanesas, que vêm negando informações segundo as quais o Estado Islâmico estaria tentando estabelecer presença no país.
Como o Estado Islâmico, que criou um califado inter-fronteiriço em partes do Iraque e da Síria, o LeJ quer matar ou expulsar as minorias xiitas paquistanesas e estabelecer uma teocracia sunita.