O Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) de Moçambique e as edilidades de Pemba e Quelimane, passam a implementar um Sistema Integrado de Gestão de Informação sobre Calamidades (SIGIC), uma plataforma que possibilitará a recolha de dados e transmissão atempada de informação sobre este fenómeno antes, durante e depois dela ocorrer, mormente em situação de emergência.
Anualmente, o nosso país é devastado por cheias e outras intempéries devido ao despreparo que é já sistemático. Os planos de contingência não têm sido também eficazes para evitar o drama. Contudo, o Embaixador de norte-americano em Moçambique, Douglas Griffiths, cujo seu governo é que financia a iniciativa lançada na quarta-feira (07), em Maputo, , disse que “no início deste ano, mais de 160.000 pessoas foram afectadas pelas cheias no centro e norte de Moçambique. As mudanças climáticas vão, provavelmente”, fazer com que “este tipo de eventos sejam menos previsíveis e mais severos no futuro”.
“Chegou a hora de nos prepararmos para a próxima vez. Sabemos que haverá mais desastres. Não precisamos esperar para nos prepararmos. A hora para nos prepararmos para a próxima vez é agora”, e o SIGIC “é particularmente importante hoje em dia devido às mudanças climáticas”, considerou o Embaixador, para o qual a a introdução da ferramenta em questão enquadra-se na promessa do Presidente Barack Obama, aquando da sua visita África, em Julho passado, com vista a ajudar as nações a preparem-se e adaptarem-se às mudanças climáticas.
Carlos Mesquita, ministro dos Transportes e Comunicações, disse que o sistema, numa primeira fase avaliada em 15 milhões de dólares norte-americanos, de um total de 250 milhões de dólares necessários, é vital para um país como nosso vulnerável ao impacto das calamidades naturais. Moçambique precisa de ter um mecanismo similar para a detecção prévia dos fenómenos calamitosos de modo a facilitar o processo de tomada de decisões e de alerta atempado às comunidades.