Cerca de 500 pessoas reuniram-se diante de uma casa de espectáculos da Cidade do Cabo na qual o músico norte-americano Pharrell Williams deveria apresentar-se nesta segunda-feira em protesto a um acordo promocional do cantor com a rede sul-africana Woolworths, que tem laços com Israel.
A apresentação do vencedor do Grammy estava marcada para acontecer apesar da manifestação, realizada pela filial local do movimento internacional Boicote, Desinvestimento e Sanções contra Israel (BDS, na sigla em inglês).
“Ao trabalhar com a Woolworths, Pharrell apoia Israel, um país que apoia a opressão da Palestina, um país que é o novo Estado do apartheid”, disse Ashraf Salie, no meio de uma multidão acenando com bandeiras palestinas na entrada do GrandWest Casino, onde Williams deveria cantar.
Marchas pró-palestinos costumam atrair grandes multidões na África do Sul, especialmente na Cidade do Cabo, que tem uma grande comunidade muçulmana.
Williams está a colaborar com a Woolworths como director de estilo em vários projectos de moda, assim como auxiliando na arrecadação de fundos para a educação.
A Woolworths declarou que não usa artefactos produzidos nos territórios palestinos ocupados por Israel, que menos de 0,1 por cento dos seus alimentos vêm do Estado judeu e que etiqueta claramente o país de origem de cada produto que vende.