Um novo relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) indica que a epidemia do vírus do Ébola, que matou 10 mil pessoas em 24 mil casos registados, vai ter consequências para lá das fronteiras dos países mais afectados, designadamente, Guiné-Conakry, Libéria e Serra Leoa.
Segundo o PNUD, a África Ocidental, na sua totalidade, vai perder em média cerca de quatro biliões de dólares americanos anualmente, entre os anos 2014 e 2017, devido à queda do comércio regional provocada pelo encerramento das fronteras, e à suspensão das ligações aéreas bem como à baixa dos investimentos e do turismo estrangeiro directo.
O relatório apela para intervenções regionais e nacionais como esforços destinados a reforçar os sectores da saúde nas diferentes partes da região oeste-africana para impedir a propagação da doença.
Defende igualmente a criação imediata dum centro regional para a luta e a protecção contra a doença, coordenando o controlo das fronteiras e a criação de sistemas de advertência rápida e de gestão das catástrofes.