O líder do partido Renamo, Afonso Dhlakama, disse neste sábado que o seu partido já não quer discutir a criação de um governo de gestão em Moçambique, mas controlar as províncias onde ganhou as últimas eleições através de uma república autónoma.
“Já estamos a abandonar a possibilidade de constituirmos um governo de gestão”, afirmou Afonso Dhlakama à agência Lusa, em Quelimane, após um comício na capital da província da Zambézia, no dia em que expirava o prazo de uma semana dado pelo seu partido ao executivo moçambicano para atender à sua exigência.
“Já que tomaram posse [os membros do novo Governo], não vamos dizer ‘gestão, gestão, gestão’, há alternativa. Ganhámos, apesar de ter existido fraude, em Sofala, Manica Tete, Nampula, Zambézia e Niassa, que vão perfazer uma região autónoma”, declarou o presidente da Renamo, sustentando que esta medida “não fere a Constituição” e enquadra-se na descentralização da administração do Estado.