O Governo nigerino decretou luto nacional de três dias, pela morte dos seus nove militares vítimas de uma emboscada no norte do Mali, sexta-feira (3). Segundo um comunicado saído duma reunião do Conselho de Ministros presidida pelo chefe de Estado, Issoufou Mahamadou, um regimento do batalhão nigerino no Mali caiu numa emboscada preparada por cerca de 30 homens armados.
«O balanço deste ataque de uma covardia sem precedente é de nove mortes e três veículos destruídos com arma pesada», precisa o mesmo comunicado, declarando que, às suas memórias, será observado um luto nacional de três dias, a partir de domingo, 05 de Outubro, devendo todas as bandeiras serem, por conseguinte, içadas à meia haste.
No documento, o Governo “recorda às Forças do mal, de modo claro e forte”, que a presença do exército nigerino no Mali tem como objectivo defender a integridade do território maliano, os valores democráticos e as populações irmãs do Mali “das oficinas da barbárie”.
O comunicado acrescenta que «o compromisso das nossas Forças Armadas é defender princípios e que, enquanto estes estiverem ameaçados, “o Níger ficará de pé ao lado do povo irmão do Mali».
«O ataque covarde da sexta-feira, 3 de Outubro, só reforça a determinação do Governo, das nossas forças de defesa e segurança (que o ministro da Defesa Nacional acaba de visitar hoje mesmo em Ménaka e Gao)», sustenta a nota.
Nesta dolorosa circunstância, prossegue, o Governo nigerino homenageia a bravura e a disciplina das suas Froças de Defesa e Segurança em geral e nomeadamente as desdobradas no Mali.
«Tirando as lições de todos os contornos da situação actual no Mali, o Governo do Níger pede ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que ponha, de modo prático, o mandato da Minusma sob a plenitude do capítulo VII, enquanto garantia do sucesso da Minusma, dada a particularidade do contexto maliano», conclui o comunicado do Governo nigerino.