Os nossos leitores elegeram as seguintes xiconhoquices na semana finda:
Municípios de Quelimane e saúde em “braço-de-ferro” por causa de ambulâncias
Em Quelimane, na província da Zambézia, a edilidade local e o sector da saúde vivem momentos de ranger os dentes em virtude da inobservância da burocracia na alocação de ambulâncias aos centros de saúde de Icídua e Micajune.
O caso arrasta-se desde princípios deste ano e o clima entre o presidente do Conselho Municipal de Quelimane, Manuel de Araújo, e o administrador de local, Vicente Cinquenta, é de tal sorte que se estivessem próximos um do outro o desentendimento seria resolvido à porrada. Para se ter certeza disso, basta apenas perceber as recados que Cinquenta manda para Araújo e este para aquele através da Imprensa.
Cinquenta parece que se apercebeu de que o edil não é organizado e pretende ensiná-lo bons modos, daí que diz que quando ele e o seu governo estiverem organizados vão efectuar a entrega formal dos veículos em causa conforme rege a burocracia. Caso contrário, as viaturas vão continuar parqueadas no município.
Entretanto, Araújo nega proceder de tal forma e manda passear o regedor. Para ele os munícipes é que estão em primeiro lugar, depois os papéis. Aliás, diz que já autorizou os munícipes, através daquelas unidades sanitárias, para utilizarem as viaturas porque foram compradas com o dinheiro proveniente dos seus impostos.
Mau atendimento nos balcões do Millenium Bim
O Millennium bim anda ai a dizer que os seus clientes podem obter informações e dar instruções relativas à(s) conta(s) bancária(s) de que são titular de forma segura. Certamente, os gestores deste estabelecimento bancário têm estado a trabalhar arduamente para fazer jus a este desiderato. Mas parece que alguns funcionários não honram o compromisso de devoção que assumiram quando pediram emprego.
É que o que se verifica na prática, em alguns balcões, chega a constituir uma ofensa para nós os clientes, segundo um cidadão que se queixa de morosidade, da falta de eficiência e dinamismo no atendimento. Outros nossos interlocutores alegam que sofrem com o dinheiro deles e, por vezes, pensam que vale a pena mudar de banco não depositar mais dinheiro ali, pois permaneceram horas a fios nalgumas caixas automáticas para levantarem os seus fundos. Acusam a instituição de já não estar a conseguir à demanda dos seus clientes.
Eles citaram como exemplo o que se verifica nas caixa automáticas, vulgos ATM’s, da Avenida Eduardo Mondlane, em Maputo. E o assunto parece ser sério na medida em que das províncias recebemos as mesmas queixas: longas filas e demora no atendimento por parte de alguns colaboradores. Um banco como Millennium bim, que está presente do Rovuma ao Maputo, e luta para promover a bancarização do país não poder estar a resvalar neste tipo de xiconhoquices.
Falta de água nos bairros em Nampula
Em Abril último, o director regional-norte do Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água (FIPAG) em Nampula, Ilídio Cossa, disse à boca cheia que com a inauguração do novo centro distribuidor de água localizado na Serra da Mesa, podia haver um ponto e outro onde a água não chegaria, mas, de um modo geral, o fornecimento do precioso líquido à urbe tinha melhorado bastante estava garantido.
Contudo, volvido pouco tempo eis que vários bairros daquele ponto do país voltam a ficar privados de água. Estes problemas, que têm tirado sono a milhares de munícipes, no passado eram frequentes. Para contorná-los, foram realizadas obras de reabilitação e expansão do sistema de abastecimento local no valor de 1,2 mil milhões de meticais financiados pelo governo de Moçambique e pelo Millennium Challenge Coporation (MCC).
Afinal gastou-se tanto dinheiro para quê se continuamos a sofrer restrições severas tal como no passado? Eis a pergunta dos nossos leitores. Estes receiam que no Verão que já está à porta a situação se agrave porque anualmente tem sido assim. Segundo eles, sabe-se que a água potável é um recurso cada vez mais escasso no mundo mas julgam que ainda é cedo para estarem sujeitos à disputa de rios com animais ferozes para obterem pelo menos uma lata para as suas necessidades domésticas.