Os importadores ilegais de mercadorias tendem a sofisticar as suas artimanhas de fuga ao fisco. A Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE) anunciou, nesta quinta-feira (21), que apreendeu 900 embalagens de rebuçados em forma de cigarros, nos mercados das províncias de Sofala e Manica.
O produto, que incentiva os menores de idade a terem gosto pelo tabaco, foram importados pela empresa Moçambique Comercial Limitada, em Chimoio. Os referidos rebuçados foram fabricados pela People?s Republic of China (PRC), o que significa República Popular da China. A sigla é usada para ludibriar as autoridades moçambicanas de modo a não pensarem que o produto provém daquele país, segundo José Rodolfo, inspector-geral da INAE.
Ele disse que mercadoria, avaliada em 2,5 milhões de meticais, entrou no mercado nacional via marítima. A descoberta foi feita pelo Ministério da Saúde (MISAU), há 20 dias. “Há um contentor desta mercadoria que está a caminho do Porto da Beira, segundo o importador. Contudo, a mesma será também apreendida com vista a não incitar as crianças e adolescentes a fumarem o verdadeiro cigarro”.
José Rodolfo explicou que a taxa de importação de cigarros é muito alta em relação a de rebuçados; por isso, “não acredito que as alfândegas tenham deixado passar a mercadoria (…)”. Felizmente, de acordo com o inspector, os testes do laboratoriais confirmaram que o produto não contém nenhum aditivo prejudicial à saúde pública.