A desnutrição crónica afecta 43 porcento da população moçambicana e centenas de crianças com menos de cincos de idade morrem devido a este problema em Moçambique, segundo o Inquérito Demográfico de Saúde, realizado em 2011. Para contornar esta situação, os Ministérios da Saúde (MISAU) e da Indústria e Comércio (MIC) lançaram, na quarta-feira (20), em Maputo, produtos fortificados com vitamina A, ácido fólico, complexo B e Zinco.
A iniciativa enquadra-se no âmbito o Programa Nacional de Fortificação de Alimentos. Os produtos que contêm os referidos nutrientes são óleo alimentar, farinhas de milho e de trigo, os quais deverão ser consumidos de forma massiva com o intuito de reduzir as altas taxas de anemia e de infecções recorrentes nas crianças, até 2015.
A desnutrição maioritariamente crianças e mulheres grávidas. O ministro da Saúde, Alexandre Manguele, disse que cerca de 24 porcento das crianças menores de cinco anos perdem a vida no país por causa da desnutrição crónica. E foi por isso que o Executivo aprovou várias estratégias (2011/2020) multissectoriais para dinamizar a redução dos casos em alusão.
O ministro da Indústria e Comércio, Armando Inroga, desafiou os parceiros da sua área a garantirem a disponibilidade dos produtos fortificados no mercado, com a qualidade desejada e a preços competitivos.
“A indústria alimentar é o foco do programa de fortificação de alimentos em Moçambique, visto que a adição de micronutrientes é feita na sequência do processamento dos produtos. Com esta medida, o Governo pretende assegurar que a indústria alimentar incorpore no processo da sua produção, as vitaminas e minerais indispensáveis ao organismo humano”, sublinhou Inroga.