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Xiconhoquices da semana: Desorganização nos “Mambinhas”; Movimentação de armas por homens da Renamo; As atitudes do Governo sul-africano na fronteira

Xiconhoquices da semana: Falta de acção disciplinar cvontra funcionários públicos corruptos; CNE...

Os nossos leitores elegeram as seguintes xiconhoquices na semana finda:

Desorganização nos “Mambinhas”

Certas modalidades desportivas e os seus dirigentes continuam a resvalar em erros de palmatória. A seleção nacional de futebol sub-17, vulgo “Mambinhas”, foi eliminada pela sua congénere de Angola, numa partida da segunda mão da segunda eliminatória de acesso ao Campeonato Africano das Nações (CAN) a ser disputado no Níger, em 2015. No mesmo dia, a equipa em causa primeiro realizou uma partida diante da seleção anfitriã, no âmbito dos IX Jogos Desportivos da CPLP. Para provar que há desorganização, Moçambique levou apenas uma equipa para Angola para os dois embates, o que culminou com o afastamento dos meninos de Dário Monteiro, da corrida ao CAN. O Ministério da Juventude e Desportos e a Federação Moçambicana de Futebol, demonstraram ao mundo, mais uma vez, a sua tamanha incompetência. Estas duas instituições renunciaram ao jogo correspondente à sua participação nas competições da CPLP, aos 13 minutos da primeira parte, porque pretendiam colocar a mesma equipa a disputar a qualificação para o CAN. Num jogo para a atribuição do terceiro e quarto lugar, os “Mambinhas” ocuparam esta última posição. Que xiconhoquice foi esta de realizar dois jogos no mesmo dia, um de manhã e outro à tarde? É caso para se dizer que “quem tudo quer tudo perde”.

Movimentação de armas por homens da Renamo

Na semana passada, Fernando Matuazanga, deputado daquela formação política; Abdala Ibrahimo, delegado político na Zambézia; José Elias, Bernardo Mantiguisse, Manete Guia, Artur Coche e João Buca – estes últimos guerrilheiros da Renamo – foram presos em Nampula por posse ilegal de Avtomat Kalashnikova Modernizirovanniy, o que na língua de Camões significa “fuzil automático Kalashnikov (Mikhail Kalashnikov – comunista russo, criador de armas, entre elas a AK-47) modernizado”, cinco carregadores vazios e 400 munições. Para justificarem as suas xiconhoquices, eles (idos da Zambézia) alegaram que pretendiam preparar a grande recepção do famigerado “pai da democracia” que dentro de dias vai abandonar as matas e para visitar amigos e familiares em virtude do acordo alcançado com o Governo e da amnistia com que ele e os seus guerrilheiros foram agraciados. É de louvar o trabalho que a Polícia fez no sentido de deter os indivíduos que passeavam com AK7 numa altura em que se precisa tanto de paz.

As atitudes do Governo sul-africano na fronteira de Ressano Garcia

Em Junho último, o Governo da República da África do Sul (RSA) surpreendeu os moçambicanos com a proibição do uso do certificado de emergência, vulgo salvo-conduto moçambicano, e o passaporte não digital, vulgo passaporte manual antigo, como documentos oficiais para entrada naquele, para todos os cidadãos. Na altura alegava para tal o acto estar a cumprir as normas da Organização Internacional de Aviação Civil e até nos aconselhava a seguir o exemplo da Zâmbia, que ao introduzir o sistema de passaporte biométrico criou uma espécie de lei que obrigava os seus cidadãos a trocarem os documentos manuais pelos digitais em tempo útil. Mudando de “táctica”, a RSA voltou a impedir, mais uma vez, a livre circulação de cidadãos moçambicanos, tal como preconizam as normas da SADC, ao determinar que se devia possuir um mínimo de três mil rands como condição para entrar naquele país. Mas que abuso é este, afinal? Estamos a ser caçados porquê? Qual será a próxima artimanha para não viajarmos livremente? E onde está o Governo de Moçambique que nunca toma uma posição dura contra este tipo de humilhações que afectam os seus cidadãos? Eis a pergunta de um dos nossos leitores, que disse não gostar do Presidente angolano José Eduardo dos Santos e do seu regime, mas inveja a forma como naquele país o Executivo local reage em defesa do seu povo quando este é rebaixado.

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