A carcaça do navio de cruzeiro Costa Concordia deve voltar a flutuar em dez dias e ser rebocado da ilha italiana onde naufragou e virou há dois anos e meio, informou o grupo responsável pela remoção, esta quinta-feira (3).
O casco do navio de 290 metros foi endireitado e estabilizado numa operação complexa na costa da ilha turística de Giglio, na Toscana, em Setembro do ano passado, e com a chegada de um clima mais favorável no verão deve ser conduzido para Gênova para ser desmontado.
O último dos 30 dispositivos estabilizadores foi fixado ao navio, esta quinta-feira, e agora os técnicos irão começar a testar todos os sistemas para a flutuação final, declarou o Projecto de Remoção dos Destroços do Concordia num comunicado.
“Depois da instalação do último dispositivo, podemos começar a contagem regressiva para a reflutuação e partida final do navio”, disse Michael Thamm, executivo-chefe da Costa Cruises, subsidiária da proprietária do cruzeiro, Carnival Corp num comunicado.
Os organizadores disseram que as últimas fases do projecto para remover a embarcação de 114.500 toneladas, o maior resgate marítimo da história, serão explicadas em detalhe nos próximos dias.
Um consórcio, que inclui a empresa de serviços para actividades petrolíferas Saipem e as empresas Mariotti e San Giorgio, sediadas em Genova, irá conduzir o desmantelamento do navio. O capitão do cruzeiro, Francesco Schettino, está a ser julgado por homicídio culposo por causar um naufrágio e abandonar o navio. O acidente provocou 32 mortes.