Supostos homens armados pertencentes à maior força de oposição em Moçambique, Renamo, e as Forças de Defesa e Segurança (FDS) voltaram a protagonizar três confrontos, dois na tarde de quinta-feira (29), tendo o primeiro ocorrido na Casa Banana e o segundo em Mucodza; e o terceiro, na manhã de sábado (31), em Vunduzi, no distrito de Gorongosa, na província de Sofala.
Nos dois primeiros ataques sete militares das FDS ficaram feridos quando tentavam desactivar o esconderijo de Afonso Dhlakama, que supostamente está Nhadue, a partir de onde comanda os seus guerrilheiros e o partido desde que em Outubro passado foi desalojado de Sadjundjira.
No confronto do mesmo dia, as FDS percorreram mais de 15km, de Mucodza para a vila de Gorongosa em virtude de a viatura na qual se faziam transportar ter sido rebentado os pneus com balas por supostos guerrilheiros da Renamo, disseram ao @Verdade fontes militares posicionadas na vila de Gorongosa.
A nossa Reportagem soube, das mesmas fontes militares, que na sequência desses ataques um contingente fortemente armado das FDS escalou, neste sábado, a vila de Gorongosa com vista a reforçar o efectivo posicionado naquele ponto.
Estes ataques acontecem depois de a Renamo ter acusado o Governo de moçambicano, na quarta-feira (28), de estar a traçar novos planos para matar o seu líder, Afonso Dlhakama. A desconfiança surgia devido às alegadas movimentações que FDS têm feito na região da Gorongosa, presumível esconderijo do líder da Perdiz.
Sobre o confronto de sábado, sem registo de vítimas, António Muchanga, porta-voz da Renamo, disse à Agência Lusa que “o exército foi repelido” ao tentar transpor um dos cordões de segurança do líder do partido.
Segundo a Lusa, no confronto de quinta-feira um militar do exército morreu acidentalmente durante as manobras de recuo dos veículos das FDS. Uma fonte médica do Hospital Provincial de Chimoio, para onde foi levado o corpo confirmou o facto.
A Polícia, em Sofala, confirmou ao jornal Notícias que houve ataques, tendo condenado os confrontos, cuja responsabilidade é atribuída à Renamo, mas afastou a existência de vítimas, mencionando apenas elevadas perdas materiais, refere a Lusa.
Refira-se que estes ataques acontecem depois de na primeira semana de Maio último, a Renamo ter anunciado a cessação dos ataques a colunas de viaturas no troço rio Save-Muxúnguè, escoltadas por elementos das FDS.