Saudações, Jornal @Verdade. Somos trabalhadores da Tabacaria e Livraria Rondinho, Lda, sita na cidade de Chimoio, na província de Manica, no bairro 16 de Junho. Gostaríamos, através do vosso meio de comunicação, de expor uma inquietação relacionada com as irregularidades perpetradas pelo nosso patronato, principalmente pela senhora que responde pelo nome de Maria Escova Sassamanja, esposa e sócia do proprietário do estabelecimento a que nos referimos.
O que nos inquieta é a forma desumana com que somos tratados pelos nossos patrões. Há bastante tempo que não auferimos os nossos salários e o que nos indigna, mormente, é o facto de nenhuma pessoa da instituição nos explicar o que se está a passar. Ao todo somos 32 funcionários e trabalhamos duramente mas quando chega o fim do mês não temos vencimento, o que nos desalenta. E não temos a quem recorrer para nos ajudar a salvaguardar os nossos direitos.
Não há uma boa relação entre os empregados e o patronato porque a senhora Maria Escova nos humilha e nos considera seus enteados. Para ela, o nosso vínculo com a Tabacaria e Livraria Rondinho não passa de um favor. A presença da senhora em alusão na instituição deixa-nos mal-humorados, apesar de ser nossa patroa.
Trabalharmos das 07h:00 às 18h:00 sem direito a férias e, em caso de atraso, somos ameaçados de expulsão. Por exemplo, uma colega foi humilhada e despedida por exigir a observância de um conjunto de princípios de garantiam a sua ligação com o patronato.
Nós não trabalhamos na Tabacaria e Livraria Rondinho por um acto de benevolência, mas, sim, porque somos importantes para os donos tal como eles são para nós. Estamos agastados com estas situações deprimentes; por isso, queremos que os nossos direitos sejam respeitados.
Resposta
Sobre este assunto, o @Verdade contactou, telefonicamente, o proprietário da Tabacaria e Livraria Rondinho que se identificou pelo nome de David Rondinho Wetava. Este negou todas as acusações dos empregados e afirmou que nunca recebeu queixas relacionadas com o mau ambiente de trabalho instalado na sua instituição nem sobre a má relação entre a senhora Maria Escova e os seus subordinados. “Eles nunca me apresentaram, pessoalmente, as suas reclamações, por isso, eu considerava tudo normal”.
David Rondinho negou, também, que haja atrasos no pagamento de salários. Em ralação à funcionária demitida, o nosso interlocutor disse que a visada desrespeitou Maria Escova e não acatou as ordens da mesma senhora, relacionadas com o trabalho.
Num outro desenvolvimento, David Rondinho acusou a sua ex-empregada de ser uma pessoa desleixada e arrogante. Segundo ele, a empregada a que se refere não respeitava a ninguém nem aos proprietários da Tabacaria e Livraria Rondinho.
“Nós somos patrões e quando levantamos a voz esperamos que os funcionários se rebaixem e não nos afrontem como foi o caso dela”, afirmou o nosso entrevistado, acrescentado que a sua ex-trabalhadora – a qual não foi possível contactar para ouvir o seu depoimento sobre este caso – invejava os colegas com habilitações literárias superiores relativamente aos dela. “Uma simples balconista por mais antiga que seja não pode ser igualada a um contabilista médio ou a um advogado”, concluiu.