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Mamparra of the week: Jorge Khálau

Mamparra of the week: Saqueadores do Estado moçambicano

Meninas e Meninos, Senhoras e Senhores, Avôs e Avós

O mamparra desta semana é, uma vez mais, e sem espanto, Jorge Khálau, o comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), que afirma à boca cheia que conhece o “patrão dos raptos” e faz questão de dizer o seu nome: o recluso Nini Satar.

Khálau, o Jorge, é por inerência do cargo o polícia número um no país e, logo, as suas declarações públicas sobre o funcionamento da corporação que dirige devem ser minimamente cuidadosas sob o risco de a colocar nos patamares da arrogância soberba que o bastem. Sabe-se, há muito, que Nini Satar se encontra a cumprir pena de prisão maior pelo seu envolvimento no assassinato do jornalista Carlos Cardoso e pela fraude no “defunto” Banco Comercial de Moçambique.

Fazendo fé nas palavras do Khálau, o Jorge, que por acaso é jurista, então a corporação que dirige (PRM) está a fazer um péssimo trabalho, uma vez que, conhecendo a “fonte” do crime já a deveria ter neutralizado. Diz o adágio popular que “é preciso matar o crocodilo enquanto é pequeno”.

Se o Khálau, o Jorge, sabe que aquele recluso é o “patrão” dessa repugnante actividade de contornos vexantes para as vítimas, de que é que está à espera para agir? Se Khálau, o Jorge, tem a forte crença que de que o dossier por aquele recluso compilado e enviado ao Procurador-Geral da República é para ludibriar, como alega a opinião pública, de que é que está à espera para agir?

No ano passado, mais concretamente no mês de Novembro, a corporação de Khálau, o Jorge, veio a terreiro, por via do seu porta-voz, Pedro Cossa, anunciar que na corporação havia polícias envolvidos na prática de raptos e ou sequestros.

Na ocasião, segundo o relato do porta-voz, os suspeitos, simulando estarem em serviço, terão prendido um homem e o metido na bagageira de uma viatura, circulando, depois, por algumas artérias de Maputo, indo até Boane, nos arredores. Durante a “passeata”, o “raptado” pelos agentes da PRM terá saído da bagageira, tendo sido socorrido pela população e levado a uma das esquadras da cidade de Maputo.

Devem ser estes e outros, na óptica de Khálau, os “empregados” do “patrão” que devem ser expurgados, presos, julgados e condenados. O mal de Khálau, que o atingiu como uma febre, é abrir a boca para pronunciamentos que o colocam na lixeira da vergonha, numa altura em que a correspondência enviada por Nini Satar mostra o quão os subordinados do policial número um o têm como parceiro.

Alguém tem que pôr um travão neste tipo de mamparices.

Mamparras, mamparras, mamparras.

Até para a semana, juizinho e bom fim-de-semana!

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