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Moçambique perde cada vez mais terreno no mercado da SADC

Um estudo sobre investigação agrária patrocinado pelos Estados Unidos da América (EUA) indica que Moçambique está cada vez mais a perder terreno no mercado da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), devido à sua forte dependência de fundos externos para a agricultura.

Outra das razões prende-se com o facto de o Governo moçambicano apostar somente na transferência de tecnologias agrárias de países desenvolvidos para aplicá-las no país, o que não “é sustentável porque a agenda desses países não coincide com a dos países pobres como Moçambique”, realça o estudo.

Assim, a pesquisa recomenda que Moçambique deve guiar seus investimentos na investigação e inovação em áreas onde apresenta mais vantagens competitivas, como o sector do carvão e hidrocarbonetos, com vista a aplicar a renda na produção agrícola para garantir a segurança alimentar.

Essa mudança de política é sustentada com a tese de que “o sistema de investigação e extensão agrária em Moçambique é ainda imaturo”, defende o supracitado estudo, argumentando que a situação se deve à forte dependência de fundos externos.

“Os fundos externos são muito voláteis e de curta duração, pelo que o Governo deve aumentar o seu investimento para garantir um sucesso a longo prazo dos resultados da investigação agrária”, salienta o mesmo estudo. Refira-se que, em Moçambique, a despesa em investigação agrária é de apenas 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB), muito abaixo da média dos países da SADC, situação que tem reflexos negativos na produção agrícola.

Um aumento para pelo menos 1% do PIB na investigação agrária no país pode reduzir em cerca de 19% a taxa de pobreza da população, que actualmente atinge mais da metade dos perto de 23 milhões de moçambicanos, de acordo com estimativas do estudo denominado Investimento na Investigação e Extensão: Um imperativo para Aumentar a Produtividade Agrária.

O incremento em 20% da produtividade de milho e mandioca pode igualmente contribuir para a redução da taxa da pobreza em19%, reitera o referido estudo a que o Correio da manhã teve acesso.

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