A indústria moçambicana de lacticínios deverá registar um crescimento de 3,5% durante o presente ano de 2014, situação que vai ser dinamizada pelo Governo dos Estados Unidos da América (EUA) que está a apoiar o sector empresarial privado nacional na produção de leite e instalação de infra-estruturas de processamento do produto no Centro e Norte de Moçambique.
No período 2012/2016, a Land O’Lakes, cooperativa agrícola e alimentar dos EUA, está a prestar assistência técnica a cerca de cinco mil produtores de gado bovino das províncias de Maputo, Sofala, Manica e Nampula, segundo fonte documental daquela instituição, apoiada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América.
A iniciativa visa melhorar a qualidade do leite de produção nacional e aumentar a sua colocação no mercado doméstico formal, de acordo ainda com aquela instituição, salientando que o programa tem também em vista a construção de centros de recolha do produto e apoiar a elaboração de planos de negócio da área de lacticínios para mais de mil pequenas e médias empresas moçambicanas espalhadas pelo país.
Até 2015, o programa prevê que a produção e processamento de leite no Centro e Norte de Moçambique possa gerar rendimentos aos pequenos produtores de perto de 5,9 milhões de dólares norte-americanos por ano.
Refira-se que, devido à escassez de fábricas de processamento de leite, Moçambique gasta, em média anual, cerca de USD 200 milhões na importação de derivados deste produto, segundo dados avançados pela empresa nacional Cooperativa dos Produtores de Leite (Copoleite), baseada na Beira, província de Sofala.
Aquela empresa estima que cerca de três mil litros daquele produto alimentar são desperdiçados anualmente pelos agentes económicos nacionais envolvidos naquela actividade por falta de capacidade de armazenamento.
