As evidências da investigação preliminar que está a ser levada a cabo nas caixas negras do avião Embraer-190 das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) mostram que o despenhamento não teve nada a ver com o funcionamento mecânico.
A constatação foi apresentada pelo Instituto de Aviação Civil de Moçambique (IACM), órgão regulador, em conferência de imprensa havida hoje em Maputo, destinada a actualizar os dados da investigação em curso a volta das causas da queda da aeronave a 29 de Novembro que vitimou as 33 pessoas a bordo (27 passageiros e seis membros da tripulação).
João Abreu, presidente do Conselho de Administração (PCA) do IACM, disse que os gravadores de bordo de dados e voz (caixas negras) resistiram ao impacto da queda da aeronave.
Na investigação feita no local do acidente ao “electrónica cockpit voice recorder e ao electronic flight data recorder” não foi, segundo Abreu, evidenciado nenhum mau funcionamento mecânico do aparelho.
“As investigações ainda estão em curso e poderão estar concluídas mesmo antes dos 30 dias recomendados pela Organização de Aviação Civil Internacional (ICAO)”, disse o presidente, acrescentando que o acidente do Embraer entra na categoria dos ?grandes acidentes?.
Desta feita, segundo a fonte, a Namíbia como país responsável pela investigação tudo fará para que a legislação relativa aos regulamentos sobre a investigação de acidentes aéreos recomendados pela ICAO sejam estritamente observados para a disseminação dos resultados.
Enquanto isso, o Ministro moçambicano dos Transportes e Comunicações, Gabriel Muthisse, desloca-se domingo a Namíbia, onde vai manter contactos com as autoridades daquele país que superintendem a Aviação Civil para se inteirar em detalhe de todo o trabalho que está a ser feito desde o fatídico dia da queda do avião.