Tiros foram disparados e uma multidão anti-governo atacou pessoas e veículos, este sábado (30), perto de um estádio onde ocorria um comício de apoiantes da primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, ao tempo em que cresce a tensão em torno das tentativas de tirá-la do poder.
Diversas pessoas ficaram feridas quando tiros foram disparados e o caos eclodia na área de Ramkamhaeng, onde os manifestantes armados de pedaços de madeira atacaram um autocarro, um taxi, e mutilaram seriamente duas pessoas, disseram a polícia e uma testemunha.
Não está claro de onde partiram os tiros e quantas pessoas foram feridas, disse à Reuters o comissário-geral da polícia nacional, Adul Saengsingkaew. Com um prazo definido por manifestantes de derrubar o governo até o domingo, a polícia pediu apoio militar para proteger o Parlamento, o gabinete de Yingluck, e a Casa do Governo, cujas barreiras de pedra e arame farpado foram derrubadas.
Os manifestantes aumentaram o valor da aposta e ocuparam brevemente o quartel-general do exército na sexta-feira, instando-o a juntar-se a eles na complexa luta de poder centrada na longa influência política exercida pelo irmão bilionário da primeira-ministra, o primeiro-ministro deposto Thaksin Shinawatra.
A multidão atacou pessoas acusando-as de “camisas vermelhas”, como são chamados os apoiantes do governo, que faziam um comício temendo um golpe militar. A tensão destaca quase uma década de conflito que opõe altos oficiais militares, monarquistas e a classe média urbana contra os apoiantes de Thaksin, maioritariamente rurais.
O líder dos manifestantes, Suthep Thaugsuban, orientou os seus militantes na noite da sexta-feira a cercarem os quartéis-generais da polícia nacional e da cidade, assim como a Casa do Governo e até mesmo um zoológico.