Até finais deste 2013, Moçambique deverá registar um défice de energia eléctrica de 800 megawatts (MW) devido ao crescente surgimento de empreendimentos socioeconómicos um pouco por todo o país.
No geral, Moçambique dispõe de uma capacidade instalada de produção eléctrica de cerca de 2500 MW e exporta parte do recurso para os restantes países vizinhos da África Austral, segundo Pascoal Bacela, director nacional de Energia Eléctrica, falando esta terça-feira, em Maputo, à margem do Quarto Fórum Anual sobre Carvão.
Entretanto, em 2014, perto de 175 MW de energia eléctrica deverão ser adicionados à actual capacidade de produção gra- ças à entrada em actividade de duas novas centrais eléctricas na região de Ressano Garcia, província de Maputo, e Chókwè, em Gaza.
Para além daqueles empreendimentos, “vários outros vão ser erguidos” para Moçambique passar a ter uma capacidade de produção de, pelo menos, cinco mil MW/ano a partir de 2026, segundo igualmente Bacela, apontando as barragens de Mphanda-Nkuwa, Lupata e Boroma, em Tete, como alguns dos empreendimentos que deverão ser erguidos ao longo dos próximos 12 anos.
Até aquele período, cerca de 60% da energia produzida no país serão na base hídrica, contra 25% a partir de gás natural e 15% através de carvão térmico, acrescentou Bacela, realçando que a iniciativa insere-se no quadro de diversificação de fontes de produção de energia eléctrica para responder à sua crescente demanda no país e na África Austral.
Refira-se que o Quarto Fórum Anual sobre Carvão termina esta quarta-feira e junta cerca de 200 participantes provenientes de várias partes do mundo. No encontro, foram realizados debates de partilha de experiência, análise de riscos de investimento e futuros desafios daquele sector produtivo, sendo que Moçambique se destaca mundialmente por possuir uma das maiores reservas daquele mineral na província central de Tete, particularmente.