O partido islâmico que governa a Tunísia e a oposição suspenderam as negociações, esta segunda-feira (4), sobre a formação de um governo interino para acabar com a crise no país, depois de os dois lados não terem conseguido chegar a um acordo sobre a nomeação de um primeiro-ministro.
Não ficou claro quando as negociações serão retomadas, mas a suspensão foi um golpe para as esperanças de um fim rápido para o impasse político em um país cujo levante de 2011 inspirou as revoltas da “Primavera Árabe” em toda a região.
O governo liderado pelos islâmicos já concordou em dissolver o gabinete no fim deste mês para abrir caminho para uma administração temporária que governará o país até as eleições, mas os dois lados permanecem profundamente divididos sobre os detalhes do acordo.
“Eles não foram capazes de chegar a um consenso sobre o primeiro-ministro. O diálogo foi suspenso até que haja uma base sólida para as negociações”, disse o líder do sindicato UGTT, Hussein Abassi.
Ele afirmou que o sindicato poderá propor nomes para o cargo de primeiro-ministro se o partido islâmico moderado Ennahda e a oposição não conseguirem chegar a um acordo.