A Suécia vai apoiar o Centro de Documentação e Informação de Moçambique (CEDIMO), órgão adstrito ao Ministério da Função Pública (MFP), na criação de três unidades para a gestão de arquivos intermediários, a serem instalados nas regiões Sul, Centro e Norte do país.
Os arquivos intermédios são unidades de armazenamento de informação cuja solicitação pode ser frente para consultas nas instituições, pesquisa, entre outras necessidades. Na lista dos arquivos destacam-se igualmente o corrente e permanente.
A intenção foi expressa pelas representantes da delegação sueca, dos Arquivos Nacionais da Suécia, no final da audiência concedida hoje, em Maputo, pela Ministra da Função Pública, Vitória Diogo, inserida na segunda fase do Programa de Formação em Gestão de Arquivos, apoiado por aquele europeu. A primeira fase do programa teve lugar em 2007, na cidade de Estocolmo, Suécia, sendo esta a segunda. A terceira acontecerá em Novembro próximo no país, onde participarão todos os países africanos envolvidos no processo de revitalização de arquivos.
O arranque do projecto de criação dos arquivos intermédios, com início previsto para 2010, é parte do programa que visa não só revitalizar a memória do Estado, mas também garantir a sua preservação, para um melhor acesso a informação. O outro desiderato no epicentro desta cooperação é a formação de formadores, que vão replicar as lições aprendidas nos distritos, pólo de desenvolvimento, para melhorar a gestão dos arquivos e a informação neles armazenada.
No encontro, Vitória Diogo também passou em revista os progressos até aqui feitos pela Função Pública no serviço ao cidadão, entre eles a melhoria da qualidade dos serviços, os esforços em curso no combate a corrupção, a preocupação com o Sistema Nacional de Arquivos do Estado (SNAE), só para citar alguns exemplos. Diogo manifestou abertura total do país para acolher a reunião continental dos arquivos que juntará seis países africanos na capital moçambicana.
O Executivo moçambicano aprovou, em 2008, o decreto que cria o SNAE e desde então foram criadas 231 comissões de avaliação de documentos, sendo 71 de nível central e 160 a nível dos órgãos provincial e distrital.