Novas descobertas do gás natural na costa moçambicana indicam que a mesma tem um potencial de quantidades deste recurso que ultrapassam os 100 triliões de pés cúbicos de gás natural, o que resultará em receitas de exportação de mais de 300 biliões de dólares norte-americanos.
O desafio agora é a criação atempada e sistemática de políticas, sistemas jurídicos e regulatórios transparentes para aproveitar esta oportunidade, segundo Vijay Iyer, director do Departamento de Energia Sustentável e Indústria Extractiva do Banco Mundial, enfatizando que a mesma oportunidade deve ser aproveitada para transformar a economia de Moçambique e trazer prosperidade para todo o país.
Iyer falava durante o anúncio da concessão a Moçambique dos cerca de USD 50 milhões para fortalecimento da capacidade e governação de instituições públicas-chave com vista a assegurar que o desenvolvimento dos recursos naturais resulte na redução da pobreza.
Parte deste financiamento está a ser aproveitada pelo Ministério dos Recursos Minerais para apoiar o trabalho de assistência técnica, revisão e avaliação do Plano de Desenvolvimento do Projecto de Gás Natural Liquefeito iniciado no passado dia 3 de Outubro, prolongando-se até 17 do mesmo mês.
Pretende-se com o trabalho de consultoria prestar assistência técnica ao Instituto Nacional de Petróleos (INP) no domínio de Geologia, Geofísica, Petrofísica, engenharias de reservatórios, de produção, processos e engenharia civil e de infra-estruturas marítimas e terrestres para exploração e produção do gás natural.
Refira-se, entretanto, que o projecto do gás natural liquefeito consiste no desenvolvimento de recursos de gás natural em águas profundas nas áreas 1 e 4 na bacia do Rovuma e construção de gasodutos submersos até à costa.