O rei da Suazilândia classificou o seu regime como uma “democracia monárquica”, causando a repulsa dos opositores no exílio, a poucas semanas das eleições legislativas.
“A Suazilândia é uma democracia monárquica, o casamento entre o monarca e as urnas”, declarou, esta segunda-feira, Mswati III, citado pelo porta-voz do Governo, Percy Simelane.
Os opositores exilados na África do Sul classificaram como “louca e estranha” a declaração de Mswati III. “As monarquias não são democráticas”, assinalou um deles, Lucky Lukhele, porta-voz da organização Swaziland Solidarity Network, considerando “impossível democratizar a monarquia”.
A Suazilândia, pequena monarquia com cerca de um milhão de habitantes, situada entre a África do Sul e Moçambique, vai a votos a 20 de Setembro para renovar a Câmara Baixa do seu Parlamento, que conta com 65 deputados, incluindo dez escolhidos directamente pelo Rei. Os opositores do regime apelam ao boicote às eleições que dizem ser uma hipocrisia.