O litro de gasolina passou a custar 70 meticais e o de diesel 60 meticais, contra os normais 49,13 e 38,42 meticais, respectivamente nas bombas da cidade de Nampula, norte de Moçambique, devido às restrições no fornecimento de combustíveis líquidos, desde a última sexta-feira (02).
A gasolina tem sido o combustível mais procurado, das mais de 18 gasolineiras existentes na cidade de Nampula, apenas duas é que dispõem de combustível e registam longas filas que chegam a obstruir o trânsito devido à desordem instalada. A circulação de viaturas e motorizadas está condicionada, havendo cidadãos que já parquearam os seus meios circulantes por falta desse produto.
Devido a este problema, alguns taxistas e revendedores informais de combustíveis a nível da cidade de Nampula já estão aplicar preços especulativos. Uma viagem que anteriormente era feita a um preço de 100 meticais, de táxi, agora custa o dobro.
A Petromoc, empresa que detém o monopólio de abastecimento de combustíveis na região Norte do país, não tem stock. Aliás, nas empresas da BP e Petromoc em Nacala-Porto encontram-se mais de cem camiões estacionados provenientes dos países do Interland, principalmente o Malawi, à espera de serem aprovisionados para fornecerem os seus países.
Tentativas de ouvir o director provincial dos Recursos Minerais e Energia em Nampula, Moisés Paulino, foram infrutíferas, mas informações seguras colhidas na mesma instituição dão conta de que o problema deriva da ruptura de stock nos reservatórios da Petromoc. Espera-se que a crise seja ultrapassada entre esta quarta (07) e quinta-feiras (08) .
Temos ainda informação que esta crise de combustível afecta igualmente as províncias da Zambézia, de Cabo Delgado e do Niassa, uma vez que dependem do Porto de Nacala onde, os navios que transportam os combustíveis, tardam a chegar.