A contar para os oitavos-de-final da Taça de Moçambique, o Incomáti de Xinavane eliminou o Maxaquene por 5 a 4, com recurso à marcação de grandes penalidades. Nos 120 minutos, as duas equipas não foram para além de um empate a um golo. O jogo decorreu neste domingo (21 de Julho) na casa da primeira equipa.
Já faz parte da tradição o Maxaquene, campeão nacional, diga-se de passagem, perder-se no canavial de Xinavane. Já no ano passado, para uma fase similar desta competição, a equipa tricolor foi igualmente eliminada pelo Incomáti por 0 a 1, com golo solitário de Crescêncio.
Numa partida dominada completamente pela equipa da casa, que apresentou um nível de futebol proeminente para aquilo que se antevia deste confronto, o Maxaquene podia ter sofrido golo ao minuto 13 quando, Zé Rasta, na cobrança de um livre directo, viu a bola a ser devolvida pela trave de Acácio. No entanto, porque no futebol quem não marca arrisca-se a sofrer, mesmo contra a corrente do jogo, os tricolores ganharam uma grande penalidade à passagem do minuto 29 por falta dentro da grande área de Paúnde sobre Maurício.
Eboh, chamado a cobrar, desferiu um remate denunciado para as mãos de Anivaldo, com o árbitro auxiliar João Paulo a levantar a bandeirola dando indicações de ter havido uma movimentação irregular do guarda-redes antes do esférico partir para a baliza. Na repetição, o mesmo jogador fez o que a si competia, abrindo o placar a favor da equipa tricolor.
Na segunda metade do jogo as coisas não mudaram de figura e os donos da casa partiram, logo de princípio, para cima do seu adversário. Precisaram, contudo, de apenas dez minutos para restabelecerem a igualdade no marcador, resultado que se levou até à marcação de grandes penalidades, depois de mais trinta minutos de prolongamento para além dos noventa.
Já no sorteio, a equipa tricolor foi a menos sortuda, falhando o terceiro pontapé por Mfiki, sendo que o Incomáti não perdoou a nenhum, selando as contas da eliminatória em 5 a 4.