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Ensino Superior: necessários mecanismos de coordenação

Moçambique carece de instrumentos e mecanismos para garantir uma maior coordenação e gestão do ensino superior, segundo o Ministro da Educação e Cultura, Aires Ali. Nos últimos anos tem vindo a aumentar o número de instituições do ensino superior em funcionamento no país.

Existem em Moçambique 36 instituições das quais 17 são públicas e as restantes 19 privadas. Segundo o Ministro, que falava a AIM, por ocasião do workshop de consulta nacional sobre governação e financiamento integrado do ensino superior e ciência, tecnologia e inovação, a existência de muitas instituições de ensino superior em funcionamento cria problemas de coordenação interinstitucional, bem como de gestão e governação das mesmas.

“Antes era mais fácil gerir uma, duas ou três instituições do ensino superior. Mas hoje temos 17 instituições públicas, o que é bom para o país, mas há problemas de gestão e controlo delas, ainda há problemas de coordenação e articulação entre as instituições públicas e as universidades privadas no que refere a produção de conhecimento científico. Ao mesmo tempo verificamos que há problemas de gestão e governação destas instituições. A nossa preocupação é ver como continuar a dar avanços de forma segura e sustentável no ensino superior”, disse.

Face a estes problemas, Aires Ali considera haver necessidade de existirem, em Moçambique, instrumentos e mecanismos que possam assegurar a coordenação do subsistema do ensino superior. Entretanto, tais instrumentos devem salvaguardar a autonomia científica e académica das instituições do ensino superior, que tem o papel de produzir conhecimento científico, bem como formar quadros altamente qualificados.

“Como Governo, ainda temos que definir formas de gerir estas instituições, sem afectar a sua autonomia científica e académica. Esta questão deve ser salvaguardada para que as instituições do ensino superior possam desempenhar o seu papel de produzir conhecimento científico de forma efectiva, porque o Governo quer beber esse conhecimento. Nós estamos a espera”, explicou. “As instituições do ensino superior devem ocupar o seu espaço de produtoras de conhecimento. Queremos que elas se
afirmem”, sublinhou.

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