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Obama busca parceria econômica com África em visita à Tanzania

O presidente norte-americano, Barack Obama, procurou construir uma nova parceria económica com a África ao visitar a Tanzania nesta segunda-feira, a última escala de sua viagem ao continente, onde os Estados Unidos enfrentam a concorrência da China. A viagem de Obama a Dar es Salaam acontece três meses após a visita do presidente chinês, Xi Jinping, que veio logo após assumir o cargo.

Muitos africanos veem a visita de Obama a três países africanos como uma tentativa de se igualar. A China construiu estradas, aeroportos e outras obras de infraestrutura na África, mas teve que se defender de algumas críticas de que estava a explorar a riqueza mineral do continente para alimentar a sua gigante base industrial. A Tanzânia está em negociações com a China sobre planos para um novo porto.

Obama disse na África do Sul, a segunda parada de uma viagem que começou no Senegal, que o seu país não foi ameaçado pelo papel da China, mas disse aos africanos para se certificarem de que todos os investidores estejam retribuindo à África, além de consumirem suas matérias-primas.

Aparentemente tentando recuperar o terreno, Washington planeia uma iniciativa de 7 bilhões de dólares para ajudar a amenizar a falta de energia elétrica no continente. Na terça-feira, Obama visitará uma usina independente na Tanzânia gerida desde 2011 pela norte-americana Symbion e disse que os Estados Unidos também estavam a desenhar compromissos no setor privado no valor de cerca de 9 bilhões de dólares.

Obama repetiu a sua promessa de que os EUA querem ajudar a África sem ser um simples fornecedor de auxílio. “Em última análise, o objetivo aqui é para a África construir a África para os africanos”, disse ele em uma entrevista coletiva.

O presidente da Tanzânia, Jakaya Kikwete, brincou dizendo que estava satisfeito com o apoio dos EUA, mas estava relutante em dizer isso. “Os EUA estão a fazer o suficiente? Os EUA têm feito muito. Mas se eu disser que eles têm feito o suficiente, então o presidente não vai ouvir os meus novos pedidos”, disse ele, rindo.

Obama lançou nesta segunda-feira um projeto na Tanzania chamado Comércio na África, inicialmente com foco em um bloco comercial do leste africano que tem uma população total de 130 milhões de pessoas. O projeto poderá ser ampliado, acrescentou a Casa Branca.

Embora em rápido crescimento, economistas dizem que a economia da Tanzania poderá expandir mais rápido com energia confiável e mais comércio interno. As empresas na Tanzânia queixam-se frequentemente das despesas para manter geradores de energia reserva e outros custos relacionados.

Muitos quenianos ficaram chateados com o fato de Obama ter escolhido a Tanzania e não o Quénia, a maior economia da África Oriental, para a sua terceira escala. Explicando a sua decisão, Obama disse que não era o “momento ideal” para viajar a Nairóbi, quando o novo governo queniano estava a lidar com casos no Tribunal Penal Internacional de Haia. Ele também disse que poderia visitar o país mais para frente.

O presidente dos Estados Unidos, cuja chegada foi marcada por uma salva de 21 tiros, vai se encontrar na terça-feira com seu antecessor, George W. Bush, que também está de visita ao país. Eles participarão de uma cerimónia na terça-feira para colocar uma coroa de flores em homenagem àqueles mortos no bombardeio da embaixada dos EUA em 1998 na Tanzânia.

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