Uma série de bombas perto de uma padaria, em um funeral, dentro do carro de um policial e em um estádio de futebol matou pelo menos 22 pessoas no Iraque nesta sexta-feira, disseram médicos e a polícia.
A violência faz parte de uma tendência de aumento dos ataques de militantes desde o início do ano que custaram mais de mil vidas apenas em maio, tornando-se o mês mais mortal desde o derramamento de sangue sectário de 2006-07.
Explosões duplas em um estádio de futebol mataram cinco jogadores em Madaen, cerca de 30 quilômetros a sudeste de Bagdá, e uma bomba perto de uma padaria, no oeste da capital, deixou três pessoas mortas, segundo a polícia.
Um oficial da polícia iraquiana foi morto quando uma bomba explodiu dentro de seu carro, e uma segunda explosão aconteceu cinco minutos depois, quando a polícia e os curiosos se juntaram perto dos destroços na cidade de Ramadi, na província de Anbar. Dez pessoas morreram nessas explosões.
“Nós estávamos de plantão em um posto nas proximidades quando o carro explodiu. Corremos para descobrir o que estava acontecendo, mas antes de chegarmos ao carro, ele explodiu novamente”, disse um policial no local. “Muitos civis e policiais foram mortos.”
Em Dujail, uma cidade de maioria xiita a 50 quilômetros ao norte de Bagdá, um homem-bomba atacou um funeral, matando quatro pessoas, incluindo um policial, disse a polícia. Insurgentes sunitas frequentemente alvejam membros das forças de segurança, chefes de tribos e funcionários que veem como partidários do governo liderado pelos xiitas, assim como civis xiitas.
A minoria sunita se sente marginalizada desde a invasão de 2003 liderada pelos Estados Unidos que derrubou Saddam Hussein e fortaleceu a maioria xiita.
No auge da insurgência do Iraque, em 2006-07, Anbar estava em poder de uma afiliada local da Al Qaeda, o Estado Islâmico do Iraque, que tem recuperado a força nos últimos meses.
Nenhum grupo reivindicou imediatamente a responsabilidade pelos ataques desta sexta-feira. Os atentados suicidas são uma marca registrada da ala iraquiana da Al Qaeda.
Os ataques desta sexta-feira aconteceram um dia depois que uma série de explosões de bombas atingiram cafés e outros alvos por todo o Iraque, matando pelo menos 22 na quinta-feira.