A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) pretende duplicar, até 2027, a sua capacidade de produção de energia eléctrica que actualmente é de 50 mil Megawatt. Para este feito, a organização necessita de 150 milhões de dólares para investir nos próximos 15 anos.
A informação foi revelada esta quinta-feira (27) em Maputo pelo secretariado da SADC, no decorrer da conferência sobre a Mobilização de Investimentos para Infra-estruturas da SADC. No momento foi explicado que o sector da energia constitui umas das grandes preocupações desta comunidade por ser um motor de desenvolvimento.
Numa primeira fase a SADC prevê atingir cerca de 80 mil Megawatt de energia eléctrica, isso até 2018. A actual produção ainda está muito abaixo das necessidades da região, tal como deixou explícito o representante do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), ao afirma que a região Austral produz uma quantidade de energia inferior a de alguns países em desenvolvimento na Europa.
Os projectos desenhados pela SADC no sector de energia e que constam do Plano Director para o Desenvolvimento de Infra-estruturas na região asseguram a ligação entre os pontos de produção e de consumo. São parte deste plano que irá catapultar a produção de energia o projecto Mpanda Nkuwa e Espinha Dorsal, em Moçambique, o Batoka Goerge, no Zimbabwe, Inga III, na República Democrática de Congo entre outros.
O referido plano director prevê ainda a abertura de novas linhas férreas, com o objectivo de aliviar a demanda das empresas mineradoras que actuam na região; novas ligações rodoviárias e aeroportos. Na área das infra-estruturas meteorológicas o objectivo passa pela necessidade de se garantir os pré-avisos em casos fenómenos naturais. Os mecanismos de financiamento destes projectos envolvem os sectores: público, privado, a parceria público-privado.