A Comissão dos Profissionais de Saúde Unidos (CPSU) afirmou, há dias, em Maputo, que o ex-porta-voz da sua agremiação, Adolfo Baú, foi corrompido por funcionários seniores do Ministério da Saúde (MISAU) para desistir da luta pelos seus interesses e do grupo.
Segundo a secretária da CPSU, Milena da Orpa, Baú recebeu valores monetários não quantificados e promessas de passar a usufruir de certas regalias, por isso, traiu os colegas.
Refira-se que aquando da greve dos profissionais de saúde, que durou 27 dias, Baú apareceu numa televisão da praça a desconvocar a greve sem o consenso dos restantes profissionais que, juntamente, exigiam, para além da melhoria das suas condições de trabalho, o aumento salariar em 100%.
Na qualidade de porta-voz da CPSU, o visado era quem participava dos encontros de negociação com o Governo, nas instalações do MISAU, ao lado da Associação Médica de Moçambique (AMM).
Segundo Orpa, passado algum tempo, o grupo começou a desconfiar que Baú fosse ser corrompido, pois dias antes de comparecer nas câmaras da televisão a desconvocar a greve demonstrava um comportamento estranho, distanciava-se da colectividade e andava em boleias e jantares com alguns funcionários seniores do MISAU.
Desde essa altura, o ex-porta-voz não colocou mais os pés nas instalações da CPSU. Entretanto, circula, “a boca grande”, que Baú recebeu, para além de dinheiro, uma bolsa de estudos. A CPSU não confirma nem desmente esta informação, o que sabe é “muita gente comenta a respeito disso”.