A Rússia declarou “persona non grata”, esta Terça-feira (14), um diplomata dos EUA acusado de tentar recrutar um oficial da inteligência russa e determinou que ele deixe o país.
“Acções provocativas como essas no espírito da Guerra Fria não promoverão de forma alguma o fortalecimento de confiança mútua”, disse o Ministério de Relações Exteriores depois de a agência de segurança russa ter informado que flagrou um funcionário da CIA a tentar recrutar um agente russo para que colaborasse com os EUA.
O anúncio ocorre dias depois de uma visita do secretário norte-americano de Estado, John Kerry, à Rússia, ocasião em que os dois governos anunciaram a intenção de realizar uma conferência de paz com a Síria.
O Serviço Federal de Segurança disse que Ryan Fogle, terceiro secretário da embaixada dos EUA em Moscovo, foi detido durante a madrugada com um “equipamento técnico especial”, um disfarce, uma grande quantia em dinheiro e instruções para recrutar o seu alvo.
A FSB, agência russa de inteligência, disse que Fogle trabalhava para a CIA, e que foi entregue a funcionários da embaixada algum tempo depois de ser detido.
O embaixador norte-americano Michael McFaul foi convocado mais cedo pela chancelaria russa para prestar explicações.