O Parlamento da Líbia aprovou uma lei, este Domingo (5), que proíbe qualquer pessoa que ocupava uma posição sénior durante o governo de Muammar Khadafi de trabalhar para a nova administração, um movimento que poderia forçar o primeiro-ministro a renunciar.
O primeiro-ministro Ali Zeidan era um diplomata antes de desertar e unir-se à oposição em 1980, mas o texto da nova lei não deixou claro se ele era ou não importante o suficiente para ser impedido de participar do novo governo.
Khadafi permaneceu 42 anos no poder. “Não sei, o texto não é muito claro”, disse uma fonte do do gabinete do primeiro-ministro quando questionado se Zeidan teria que renunciar. Isso vai depender de como a lei for implementada, acrescentou ele. Os manifestantes comemoraram a votação com tiros para cima em Trípoli.
A redação da lei foi discutida ao longo de meses, mas a votação, este Domingo, foi motivada pelas acções de grupos fortemente armados que tomaram o controle de dois ministérios do governo. Eles disseram que não sairiam do local até que a legislação fosse aprovada.