Um grupo de professores, e outros funcionários do sector da Educação, cujas horas extras não são pagas desde o primeiro semestre do ano passado, e outros que perderam os seus empregos alegadamente de forma injusta, foram impedidos, esta Terça-feira (30), em Nampula, de apresentar uma carta reivindicativa que tinham preparado para através dela fazer chegar as suas preocupações ao Presidente da República, Armando Guebuza, que se encontrava naquela província em presidência aberta e inclusiva.
A maior parte dos docentes que não recebe os montantes a que tem direito desde os meados de 2012 leccionam a disciplina de Educação Física em diferentes escolas secundárias e primárias e completas de Nampula. Existem também funcionários que se queixam da falta de promoções e progressões na carreira.
A carta que devia ter sido apresentada ao Chefe do Estado moçambicano denuncia igualmente situações ligadas a esquemas que envolvem dirigentes das escolas no sentido de inviabilizar as promoções e contratação de alguns professores e outros funcionários da Educação.
Neste contexto, ficou subjacente a ideia de que alguns moçambicanos são vedados o direito de expressar as suas indignações sobre as diferentes anomalias que ocorrem no país nos comícios onde o Presidente da República se faz presente.