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Companhia brasileira Vale acusada de aliciar Conselho Cristão de Moçambique

A companhia brasileira Vale Moçambique está a ser acusada pela Liga Moçambicana dos Direitos Humanos (LDH) de estar a aliciar o Conselho Cristão de Moçambique (CCM) para abafar o conflito de terra entre a firma e os camponeses de Cateme, em Tete.

Segundo Alice Mabota, presidente da agremiação, o aliciamento envolve cerca de dois mil milhões de meticais, alegadamente, desembolsados pela Vale “para o CCM não ir à frente com a procura da verdade sobre o que de facto está a acontecer com aqueles camponeses” transferidos do distrito de Moatize para Cateme por, na antiga zona residencial, existirem jazigos de carvão mineral em exploração.

O caso foi despoletado por uma equipa da LDH despachada para Cateme para averiguar alegados casos de aliciamento da Vale, “tendo a brigada concluído que efectivamente há este aliciamento com dois biliões de meticais”, denunciou Alice Mabota à imprensa.

O relatório preliminar da investigação feita pela Liga Moçambicana dos Direitos Humanos foi dado a conhecer à presidente da agremiação via telefone, no momento exacto em que Alice Mabota participava no lançamento, esta quinta-feira, em Maputo, do processo de selecção de personalidades da sociedade civil moçambicana para fazerem parte da Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Reacção do CCM

A denúncia levou a presidente da LDH a desabafar dizendo que “eles (CCM) interferem em tudo de forma negativa, usando a capa de divinos. Até chego a desconfi ar de Deus, por o Conselho Cristão de Moçambique estar a transformar a vida da população de Cateme em inferno”.

Entretanto, reagindo à denúncia, um representante do CCM disse que o valor desembolsado pela Vale Moçambique foi de apenas quatro milhões de meticais e destinava-se a financiar obras de construção de represas para o sistema de irrigação e outros projectos agrícolas direccionados aos camponeses de Cateme.

O acordo foi assinado em Janeiro deste ano, 2013, para expirar em Março corrente “e sobre estes dois biliões de meticais não os conheço”, disse na altura o representante do Conselho Cristão de Moçambique.

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