A partir de 2014, Moçambique deverá reduzir de forma significativa a importação de materiais de construção destinadas a obras de construção civil como resultado da entrada em funcionamento de uma unidade de produção de lingotes de ferro no distrito de Boane, na província de Maputo.
O empreendimento está a ser erguido por uma firma chinesa na região de Mahubo e prevê-se que, na sua primeira fase, a fábrica empregue cerca de 600 assalariados moçambicanos, segundo Zeferino Cavele, administrador de Boane, realçando que a iniciativa poderá contribuir para a redução da importação de materiais de construção na zona Sul do país, principalmente.
A operacionalização da fábrica visa responder ao enorme volume de obras públicas que se registam naquela região da província de Maputo, de acordo ainda com Cavele, salientando que a escassez de materiais de construção está na origem dos atrasos que se registam no processo de reabilitação de estradas e sistemas de drenagem em Boane.
Entretanto, Cavele alertou para a necessidade de adopção de regulamentos sobre especificações téc- nicas que levem à uniformização dos padrões de qualidade dos materiais de construção a serem produzidos no país.
Refira-se que, nos últimos tempos, a indústria de construção, em Moçambique, tem vindo a registar um grande crescimento impulsionado pela edificação de diversas infra-estruturas públicas e privadas, situação que acaba por contribuir para a crescente subida dos preços daqueles produtos.