O Exército sírio intensificou os ataques com mísseis balísticos nas regiões controladas por rebeldes, incluindo quatro ataques no norte do país, semana passada, que mataram mais de 141 pessoas, incluindo 71 crianças, informou o grupo Human Rights Watch, Terça-feira (26).
“Visitei muitos lugares que foram atacados na Síria, mas nunca vi tal destruição”, afirmou o pesquisador Ole Salvang, do grupo com sede em Nova York, que inspeccionou quatro áreas. “Justo quando pensas que as coisas não podem piorar, o governo sírio encontra formas de escalar as suas tácticas de matança.”
O ministro da Informação sírio, Omran al-Zoabi, negou, Domingo, que o governo esteja a usar mísseis Scud durante o conflito, informou o site em árabe do Russia Today.
À medida que o levante agora militarizado contra o presidente Bashar al-Assad está perto de completar dois anos, as Forças Armadas já usaram tanques, artilharia e ataques aéreos em áreas residenciais, conforme combatem insurgentes pelo controle das principais cidades da Síria.
A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que 70.000 pessoas foram mortas em um conflito que elevou as tensões pelo Oriente Médio. Um comunicado do Human Rights Watch disse que não havia sinais de combatentes ou bases rebeldes nas áreas atingidas por mísseis balísticos, apenas de civis, o que significa que os ataques eram ilegais.
O grupo disse que cada ataque havia destruído completamente de 15 a 20 casas e o número total de mortos é provavelmente maior do que as 141 vítimas que conseguiram ser documentadas.
Três dos lugares atingidos estavam nas áreas controladas pela oposição na parte leste de Aleppo, onde as forças rebeldes tomaram metade da cidade em Julho e Agosto, mas agora estão presos num beco sem saída com o Exército.
O quarto míssil atingiu Tel Rifat, uma cidade ao norte de Aleppo.