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Cheias: cresce o número de estragos no país

Seis unidades sanitárias inundadas, 111 óbitos, 1.124 salas de aulas danificadas e 248.950 pessoas desalojadas, das quais 185.897 ainda alojadas nos centros acomodação, é o rescaldo preliminar dos estragos causados pela chuva intensa que assola Moçambique desde Outubro do ano passado, agora com maior incidência nas regioões Centro e Norte.

Consequentemente, milhares de compatriotas ficaram sem abrigo e alimentos. As machambas, o gado e outros bens foram igualmente devastados pelas enxurradas que persistem.

Rita Almeida, porta-voz do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), disse que a maior preocupação neste momento é com a província central da Zambézia, principalmente os distrito de Maganja da Costa e Namacurra, onde muitas zonas encontram-se inundadas devido à subida do caudal do rio Licungo.

Segundo as autoridades, este cenário poderá agravar-se nos próximos dias uma vez que a chuva continua a cair intensamente. Face à persistência da queda da chuva na Zambézia, houve aumento de embarcações, de três para cinco, para o resgate das pessoas afectadas, distribuição de alimentos, transporte de medicamentos.

Foi também alocado um helicóptero para a monitoria da situação, dentre outras acções técnicas.

Por um lado, o Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) refere que nos próximos cinco dias, prevê-se a persistência de chuvas intensas com uma precipitação acumulados de 100 a 250 milímetros sobre algumas regiões das províncias de Zambézia, Nampula, Cabo Delgado e Niassa.

Por outro, a Direcção Nacional de Águas (DNA) comunica que a situação hidrológica das principais bacias nacionais continua preocupante: Messalo, Zambeze, Revúbuè, Licungo, Púnguè e Limpopo devem continuar a merecer atenção especial. Nestas bacias recomenda-se a retirada das pessoas e bens das zonas propensas a inundações, particularmente nas bacias do Messalo, Lugenda, Licungo, Zambeze, Púnguè, Limpopo e Incomáti.

Em relação ao reassentamento das vítimas das cheias, Rita Almeida disse que foram demarcados 2.326 talhões na cidade de Maputo e nas províncias de Gaza e da Zambézia. Deste número, 555 já foram entregues com os respectivos títulos de uso e aproveitamento de terra e materiais de construção como estacas e lonas.

Entretanto, o INGC queixa-se da insuficiência de produtos alimentares, de higiene, de medicamentos e de lonas para as vítimas.

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